quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

“O Espírito do Guerreiro”




Mais uma vez gostaria de dizer muito obrigado, por compartilhar desta leitura comigo.
Nossa sociedade vive um momento de grandes transformações e ao mesmo tempo, parece estática, para o que ocorre a sua volta. Este é mais um ano político, se perguntamos para as pessoas o que elas acham dos partidos políticos, certamente ouviremos: “todos são iguais”, “falam mais não fazem nada”, “uma porcaria”. Não posso culpar as pessoas por isso. Pois, pagamos muitas taxas, impostos e contribuições e não vemos aplicação a exemplo da iluminação pública que quase não tem, na água que falta em muitas casas, nos alimentos, roupas, combustíveis, ou seja, lembrando o trapalhão Didi, “é uma fartura de coisas, farta tudo” e em tudo somos cobrados. Todavia, mesmo diante de tantas dificuldades, lembro-me do que disse Aristóteles “O homem é um animal político”. Nós seres humanos em nossa própria natureza seriamos incapazes de sobrevivemos isolados dos outros, o que gera a necessidade de construímos associações e fazemos um Estado comum a todos. E por onde começamos? Cabe a cada um encontra a melhor resposta. Entretanto, posso dizer que há um espírito guerreiro dentro de cada um de nós. Mas, este espírito guerreiro de que tu falas, não está presente nos discursos emocionados nos comícios nas eleições e que logo iremos ver e ouvir?
Sim é verdade não te tiro a razão e é exatamente neste momento que devemos analisar as propostas de cada um e não sermos ludibriados com frases curtas do tipo  “ temos um projeto para nossa cidade”.  Dizer apenas que será diferente ou que não voltará a repetir o mesmo erro porque já é experiente, não passará de politicagem e não levará a cidade para um crescimento forte, balanceado e focalizado. Penso que é preciso reformular os partidos políticos, de forma a permitir com que seus partidários atuem de fato nas decisões institucional, não apenas na fase eleitoral. Para isso, é importante a participação de toda forma de organização legal nas decisões políticas, não apenas no ano eleitoral como massa de manobra e depois descartada após as eleições, mas, durante toda administração.  E por que não participam?  Talvez por falto de liberar o “espírito guerreiro” que existe dentro de cada um de nós? Vou lhe contar uma pequena história para ilustrar nosso diálogo. Um garotinho entrar em uma loja de brinquedo e fala para o pai o Senhor compra este brinquedo pra mim? O pai não querendo desapontar o filho, diz claro comprarei todos estes brinquedos para você. O filho volta para casa e alegre corre para falar com os coleguinhas que o pai irá comprar toda a coleção para ele e ainda de quebra vai dá um skate novo e uma nova bicicleta. Então, o garoto começa a dizer para todo mundo. Depois o tempo passa e o filho não ver todos os seus pedidos sendo atendidos, e começa a fica triste até se chatear com o pai. Mesmo assim, vai falar com o pai e diz: pai, lembra daquele dia que estávamos na loja de brinquedos e que o Senhor prometeu que iria comprar todos para mim. O pai diz que dia filho? O Senhor não lembra mais? Há sim, lembro-me. E então, o Senhor ainda não comprou. Sabe o que é filho é que o orçamento anda apertado, mas, não se preocupe, no próximo ano papai vai compra toda aquela loja para meu filho não apenas aqueles brinquedos que você escolheu. E o filho, não muito convencido, baixa a cabeça e diz tá bom sei como é que é...
É o que acontece quando nos dizem que se tem um “projeto” e que ele é maravilhoso, mas não nos apresentam tal projeto de forma sistemática. Essa palavra “projeto” ouviremos muito, mais é preciso que se apresente uma proposta onde se tenha pelo menos um “PETO” (Planejamento Estratégico, Tático e Operacional). Se não mais uma vez acabaremos como o menininho com o “espírito guerreiro” e sonhador mais que tinha um pai, de boa vontade e sem nenhum planejamento. E como diz o ditado popular, “de boas intenções o inferno está cheio”. E parafraseado Peter Druker não existe cidade desenvolvida e subdesenvolvida o que existe é cidade bem administrada e mal administrada.

Autor: Francisco Araújo (Mano Xinxim) fev/2012

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