sexta-feira, 2 de março de 2012

GUERRA E PAZ


 
Luta que me consome
E remota ao mais primitivo do meu ser,
Como posso desejar a paz?
Se, vivo em constante guerra!

Seria eu capaz de
Traduzi-me?
Se, Sou linguagem,
que tipo de linguagem sou?

Eu? O Ser perfeito, imagem e semelhança?
Do que fui feito?
Sou fundo sem fundo
Oceano vazio
Sou pó!

Mar de enigmas são minhas vestes,
Sem tu, sou frieza e solidão.
Ainda assim amada  minha,
Seguirei minha imaginação
Servindo ao amor.

Tempos pretéritos
Falávamos a mesma linguagem
Hoje somos apenas torre de babel.

Sou tudo
Sou nada
Sou poeta
Que sofre
Sem sua amada

Sou fera
Ferida
Sou felino
Sem afabilidade!

Se finjo Dor,
Sou só alegria,
Se alegria sou,
Sou só dor;
Sou guerra e paz;
Sou poeta sem o amor!


Autor: Francisco Araújo da Cunha Filho (Mano Xinxim)

Obs.:  A imagem que ilustra este poema é de Paul Cezanne

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