Há um desejo irrequieto dento do poeta
O desejo de mostrar não apenas o belo,
Mas, de lançar um olhar para o mundo
onde a sociedade possa despertar seus sentimentos
e alimentá-los com uma nova visão.
E este desejo começa quando sua companheira toma conta do seu corpo e da
sua alma.
Em cada amanhecer ou crepúsculo ele lança um novo olhar.
E penetrando de vagarinho ela surge: numa roda de copeira;
No samba em plena avenida;
No bar da esquina;
No sorriso incomparável da criança;
No bate papo com amigos nas redes sociais;
No olhar sedutor de uma garota;
Nas manobras no trânsito do moto boy;
Nas mãos engraxadas do mecânico;
No suor do lavrador;
Na mulher que sobe o morro com a lata d´água na cabeça sem perder o charme
feminino
Na beira da praia;
No engarrafamento do trânsito agitado da avenida paulista;
Na câmara dos deputados;
No maracanã lotado;
No congresso, entre o jogo de palavras das Vossas Excelências;
Nas mãos ágeis do digitador;
Após loucuras de amor;
Admirado o povo lhe pergunta onde a
encontrou?
Como pode falar de tantas coisas? Coisas
bonitas, estranhas e muitas vezes não compreendidas.
E com a simplicidade ele diz: ela está em nosso meio, porém só se revela
para aqueles que conseguem abrir o coração e deixá-la fazer morada.
Apaixone-se pelas palavras e logo a inspiração estará com você!
Autor: Francisco Araújo da Cunha Filho (Mano Xinxim)
Obs.: A obra que
ilustra este poema é de Leonardo di Ser Piero da Vinci, um gênio que deixou
grandes legados na hitória da humanidade.